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Prefeitura de Belém pretende transformar Mercado de Carne do Ver-o-Peso em centro gastronômico

Transformar o Mercado de Carne do Ver–o-Peso num centro de gastronomia amazônica, formando um corredor que inclui a Estação das Docas e o Boulevard da Gastronomia: este foi o grande projeto definido hoje pelo Comitê Gestor de Gastronomia, com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.


O Mercado de Carne Francisco Bolonha, no bairro da Campina, foi o local escolhido para a realização da reunião do CGG, composto por órgãos da Prefeitura de Belém, do Governo do Estado e da sociedade civil que atuam na valorização do turismo gastronômico na cidade. 


O encontro começou com uma visita às instalações do Mercado de Carne Francisco Bolonha, espaço que está no foco para ser requalificado, transformando-se no centro da gastronomia Amazônida. Após a visita, começou a reunião do comitê. 


Complexo de turismo gastronômico


A valorização do turismo gastronômico na cidade, tendo em vista que Belém fica no centro da Amazônia brasileira, região com características próprias em sua cultura alimentar, foi a principal justificativa do Comitê para transformar o mercado. 


Cozinha show, com aulas de chefs de cozinha locais; reforma de construção de boxes para comercialização de pratos regionais; e suporte técnico e financeiro para os trabalhadores do alimento: essas são ideias do Comitê para a criação do complexo de turismo gastronômico. 


Segundo o prefeito Edmilson Rodrigues, a ideia é que a extensão das avenidas Marechal Hermes e Boulevard Castilhos França se torne um grande corredor gastronômico da cidade: no perímetro já existe a Estação das Docas e o Boulevard da Gastronomia (esse último com obras em curso pela Prefeitura), dois importantes pontos gastronômicos no município. 


“Nós queremos apresentar para a população de Belém e para todas essas pessoas que trabalham no Ver-o-Peso todas as oportunidades que o turismo gastronômico pode trazer”, explica o integrante do Comitê Marcos Médici, representante do restaurante regional Casa do Saulo. 


Economia solidária


A economia solidária da cidade será muita impactada com a requalificação dos espaços em foco pelo comitê.


“Esse projeto é importante para a gastronomia paraense e para a economia solidária, que também passa pela gastronomia”, afirma a representante do Fórum Municipal de Economia Solidária, Joana Mota. “Aqui no mercado do Ver-o-Peso, nós temos muitos trabalhadores do alimento, então a economia solidária vem somar nesse processo”. 


Comitê


A composição do CGG foi ampliada pelo decreto municipal nº.105.321/2022, do prefeito Edmilson Rodrigues, com a inclusão de universidades, somadas às representações do Poder Público Municipal, Estadual e Iniciativa Privada que já faziam parte desde a criação do Comitê, em junho de 2017.


Em 2015, a capital paraense tornou-se detentora do Selo da Unesco de Cidade Criativa da Gastronomia e, segundo a Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), órgão ao qual o comitê está ligado, o CGG reforça essa identidade, além de significar uma conquista pública para os diversos entes responsáveis pela gastronomia na cidade.


“É por meio do CGG que a gestão municipal elabora, planeja e executa a política municipal de gastronomia como importante meio para o desenvolvimento, geração de emprego, renda e turismo”, explica o diretor-presidente da Codem, Lélio Costa. “Além da garantia de visibilidade para a culinária amazônica e seus exóticos insumos de origem indígena e proteínas oriundas do pescado”.


Essa gastronomia reconhecida, pela excelência, em todo o mundo é também um dos atrativos para Belém sediar a COP-30, em 2025: a capital paraense é a única candidata do Brasil a abrigar a conferência do clima da ONU, recebendo cerca de 50 mil pessoas do planeta.

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